Há poucos dias, eu li um texto muito interessante e de uma
beleza infinita, escrito por um pai adotivo.
Nele, o pai aponta duas questões:
1ª) A impossibilidade da mãe biológica
criar seu próprio filho, seja por problemas financeiros, físicos, psicológicos,
entre outros;
2ª) A possibilidade de escolha em relação à vida e ao futuro daquela
criança.
A que não escolhe o aborto ou a que abandona seu filho,
mesmo assim está dando a ele uma possibilidade de viver e da melhor maneira possível. No referido
texto, o pai diz “O abandono, por mais que não pareça, é uma forma de amor.”
Refletindo, eu consegui entender que quando uma criança é abandonada
e não é abortada, ela tem chance de ser
adotada, acolhida e amada por outra família e é aí que está a presença deste
amor oriundo deste abandono.
Nem todas as pessoas conseguem ter esta compreensão e
aceitação do “abandono” como um ato de amor, sendo assim, a mãe biológica abandona para que o outro tenha uma vida cheia de possibilidades
melhores. É o amor.
Mas este "abandono" tem que ser com responsabilidade, entregando a criança para os órgãos competentes para a adoção. Abandonar, tendo a ação de doar.
Ele também faz menção que as datas comemorativas como dia
das mães, dos pais e aniversários, dias das crianças são dias especiais.
E assim, como estamos perto das festas de fim de ano, eu
comecei a refletir sobre estes dias especiais.
Se não fosse, estas mães biológicas corajosas a ponto de
doar o próprio filho, permitindo que mães adotivas exerçam o amor pleno e
eterno com estas crianças, estes dias nunca seriam especiais.
Apesar de datas comemorativas serem muito mais comercial,
pois dia dos pais, mães e crianças são todos os dias; estas datas têm um
significado muito forte no coração de quem ama.
Imaginem se não tivéssemos filhos, que graça teria o dia das
crianças? Dias das mães e dos pais? Natal? Contar a estórias de Papai Noel? Nenhuma.
Escrever a carta para Papai Noel junto com seu filho é um momento magnífico.
Os filhos são uma benção dos céus, é a oportunidade de
exercer a afetividade, o carinho, o cuidado, a dedicação, a renúncia e todos os
sentimentos bons, diariamente. É deixar de pensar em você e fazer uma única
escolha: o filho, a maior razão da nossa felicidade.
A possibilidade da maternidade/paternidade é amar para todo
sempre o filho e estes dias especiais são divinos, dignos de comemoração e de realização
plena. E o melhor, é que são todos os dias.
Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, paz e
felicidades a todos os pequeninos, a todos os pais, a todos que amam o próximo, a todas as mães que não abortam e que abandonam seus filhos biológicos para que outros casais exerçam a maternidade/paternidade e em especial, ao meu filho Pedrinho.
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